sábado, 28 de junho de 2008

LE PASSANT

O poeta que hoje vos fala
É um poeta com indícios de nova vida
Poeta falho e sonhador
Poeta do esquecimento e da amizade

Quando me deparei com o grande laço da humanidade
Pensei que podia conquistar o mundo
Conquistar quem me fazia melhor
Ingrato laço, ingrata humanidade

Laço de união sofisticado: será verdade?
Viver e conviver e esperar o tempo da iluminação
Iluminação verdadeira, com suas ondas de amortecimento
Luzes, luzes e sempre um pouco de trevas para nos guiar!

Humanidade engraçada e tola
Com seus toques materialistas e naturalistas
De uma arte centrada a emoções verdadeiras
De uma poesia limpa e densa:

A arte e a amizade no lúgubre espaço dos sonhos
Há de mover cada réquiem até os ouvidos diáfanos
De poetas que acreditam que as palavras nos salvam
E que nos libertaram de cada dor, sim, de cada vicio

Posso ser parcialmente preso e parcialmente vil
Mas em cada apático sonho febril
Nasce do pouco coração poetizado
Uma luz de palavras simples e simples

Nem importa mais o fardo do coração mundano
Do ser e pensar humano e errante
Mas o que realmente importa hoje
É que o poeta pulsa grandes emoções; pulsa com a vida passante

E não se importa mais em ser vil ou santo
Nem com as amizades de verdade/mentira
E sim em gritar, em palavras, o fardo de ser o que é
Um poeta passante!

-Iury Sousa e Silva-
29-06-2008

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