A prisão
Amor é tudo, amor é você!
E não e deixe mais chorar!
Pois o tempo já passou!
O vento me enlouquece!
A brisa das tuas mãos não me deixa mais andar!
Estou parcialmente cego!
Completamente achado no mar da incerteza!
Porque a neve é escorregadia e plana!
Amor é você e que me deixa chorar!
Não me deixe mais em tanto perigo!
Sozinho, perdido-achado e medonho!
Me prenda no lago da solidão!
Não há mais espaço para nenhum outro filho!
Se puder, continue!
A andar e andar no vento da injustiça!
Me perca, se perca, nos perca depois de tudo!
Preciso de direção e não tenho remos nem mãos para isso!
Preciso nadar e não tenho uma cama suficiente pra fazê-lo!
Pois tenho uma alma e nem sou soldado e nem sou romano!
Nem sou eu, nem sou você nem nós!
O tempo cura o coração!
E eu irei me machucar!
Mas até lá, depois de tudo feito, posso nascer!
De dentro de uma morte prematura!
O vento nem cruza mais os nossos lençóis!
E o meu corpo é uma prisão!
Prisão da liberdade da minha alma!
E o meu corpo é a chave da minha perdição!
Onde vivo em uma era massiva!
Carregando as dores precoces!
Das chaves precoces!
Da prisão que se encontra em um autoflagelo!
E a prisão que é lago de solidão e mar de incerteza
Onde me prendo e me liberto
É onde me encontro parcialmente!
Libertando a minha alma livre!
Não, não!
O chão ainda é plano e me deixa chorar!
E o vento ainda me enlouquece!
Me deixe livre no lago, me prenda no mar!
E ainda choro e deixo a tua brisa me prender!
E vejo tudo escuro agora!
E nem sou pai!
E perdi!
Há mais um quarto para se nascer!
Na prisão de liberdade que é se perder!
Perdendo e nascendo descontroladamente!
Querendo um significado para tudo!
Iury Sousa e Silva
-Luleå, 12/11/2009-